Audiência pública vai discutir os prejuízos com as privatizações de empresas públicas
A proposta dos governos estadual e federal de privatizar serviços públicos essenciais, como água, energia, Correios, gás e bancos públicos, preocupa especialistas e trabalhadores da área por conta dos impactos negativos, como o aumento de tarifas e a precarização dos serviços públicos oferecidos à população provocada pela redução do quadro de funcionários.
O tema será debatido na audiência pública “Privatizações, o desmonte dos serviços públicos e os prejuízos à população”, que acontece na próxima quinta-feira (12), às 14h, na Assembleia Legislativa.
Como representante dos trabalhadores do setor energético, o Sinergia participa da discussão em defesa da Eletrosul, braço da Eletrobras, responsável pela transmissão da energia em Mato Grosso do Sul e que está na lista de privatizações, e da MS Gás, que está com os estudos de desestatização em andamento.
A Eletrobras é responsável pelo controle de grandes hidrelétricas no país, como a usina hidrelétrica de Itaipu e por parte da transmissão dessa energia. Para o diretor do Sinergia-MS, Elvio Vargas, o Brasil está “abrindo mão” de setores essenciais ao vender as empresas públicas a multinacionais.
“A maioria dos países protege essas empresas que geram energia elétrica, porque é um negócio estratégico para a soberania e o desenvolvimento do próprio país”, pontuou.
Empresas públicas como Eletrobras e Petrobras, juntamente com as estatais, BNDES, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, somaram ao todo, durante os doze meses do ano passado, lucro de R$ 28,362 bilhões. Número que representa um aumento de 214% em relação ao ano anterior.
O Sindicato dos Bancários de Dourados e Região, também participa desta audiência uma vez que as empresas públicas, como os bancos, são fundamentais para o desenvolvimento do Estado e do país. Não podemos permitir que o governo ataque às empresas públicas, e os bancos públicos não estão fora disso. Além de atender a população, os bancos garantem investimentos para setores que bancos privados não têm interesse, disse o presidente do Sindicato dos Bancários de Dourados, Ronaldo Ferreira Ramos
A audiência pública contará com a participação de especialistas do setor e de outros sindicatos que representam categorias que serão prejudicadas com as privatizações.