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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

Aquisições Reduzem lucro do Bradesco para R$ 219 milhões no trimestre

O resultado do banco no terceiro trimestre sofreu um impacto negativo em razão da amortização de ágios de R$ 2,109 bilhões por conta de aquisições realizadas pela instituição, como a compra do BEC (Banco do Estado do Ceará) no final de 2005 por R$ 700 milhões e a compra da American Express em março por cerca de R$ 1 bilhão. Com o resultado verificado de julho a setembro, o Bradesco acumula em nove meses lucro de R$ 3,351 bilhões, 17,3% menor do que no mesmo período do ano passado --R$ 4,051 bilhões. O Bradesco informou, entretanto, que seu lucro ajustado, que desconta os efeitos de amortizações de ágio, atingiu R$ 1,611 bilhão no terceiro trimestre (alta de 12,7% sobre o mesmo período do ano passado) e acumula R$ 4,743 bilhões nos nove primeiros meses deste ano (avanço de 17,1%). Também já divulgaram balanço do terceiro trimestre o Itaú e o Santander Banespa. Por conta do impacto da contabilização da compra do BankBoston, o lucro do Itaú caiu quase 95% em relação a igual intervalo do ano anterior, e ficou em R$ 71 milhões. O Santander Banespa teve lucro de R$ 417 milhões no terceiro trimestre deste ano, um pouco menos que os R$ 425 milhões do mesmo período do ano passado. Na próxima quinta-feira será a vez do Unibanco divulgar seu balanço. O Banco do Brasil anuncia resultados no dia 13 de novembro. O resultado do Unibanco também deve sofrer impactos de aquisições. O banco já divulgou que a amortização de ágios no terceiro trimestre causará um efeito negativo extraordinário de R$ 464 milhões no seu balanço. O ágio é a diferença a mais na compra de um título, ação, bem ou moeda, entre o valor nominal (oficial) e o valor pago pelo comprador. Esse ágio pode ser contabilizado como uma perda no balanço financeiro da empresa que fez a aquisição, o que reduz o seu lucro tributável. Outro destaques O Bradesco encerrou setembro com ativos totais no valor de R$ 243,2 bilhões, 20,4% superior ao do mesmo mês de 2005 e 4,4% maior do que junho deste ano. Segundo o banco, 33% do seu resultado no período de nove meses veio das atividades de seguros, previdência e capitalização, 22% das operações de crédito, 26% das receitas de prestação de serviços, 11% das tesourarias e aplicações em títulos e valores mobiliários e 8% das captações. Vale destacar a expansão de 27,8% da carteira de crédito no ano, que totalizou R$ 110,296 bilhões em setembro, incluindo avais e fianças, com destaque para o crescimento de 27% nos empréstimos para pessoa física. As receitas de prestação de serviços --que incluem cobrança de tarifas-- avançaram 21,3% sobre setembro de 2005 e somaram R$ 1,135 bilhão.



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