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21 de Maio de 2019 às 08:49

Ao invés de contratar, Caixa abre novo PDV

A Caixa tem mais de 84 milhões de correntistas e poupadores e cerca de 84 mil empregados. Um bancário é responsável por 1.000 clientes. Gente a perder de vista. Mas, ao invés de ampliar efetivamente o quadro de pessoal para dar conta da demanda, a empresa faz o contrário com a abertura de mais um PDV.

O presidente da instituição, Pedro Guimarães, tem dito que em junho deve convocar aprovados no concurso público. Serão cerca de 2,5 mil. Mas, o número não supre nem os cortes previstos no Programa de Desligamento Voluntário iniciado nesta segunda-feira (20/05), 3,5 mil no total.

Tem mais, se a estimativa da direção do banco se confirmar, serão menos 20,5 mil bancários na rede de atendimento do principal banco público do país em cinco anos. A redução começou em 2015. Mas foi a partir de 2016, com o golpe que tirou da presidência Dilma Rousseff para impor ao país uma agenda neoliberal, que a ofensiva ganhou força.

De lá para cá, a direção da empresa abriu vários PDVs. Em apenas um ano, em 2017, quase 10 mil empregados foram desligados. O resultado é sentido pela população. A Caixa conta com 4 mil unidades de atendimento no país e há locais com apenas um funcionário, ou seja, os transtornos são muitos. Desta forma, o governo desgasta a imagem do único banco 100% público, responsável por importantes programas de inclusão social.

O desmonte não para na redução do quadro de pessoal. Outras medidas anunciadas pelo presidente da empresa, Pedro Guimarães, comprometem a Caixa, como a venda de quatro subsidiárias. A privatização diminui o poder de atuação da instituição financeira e transfere os recursos para o capital privado que quer apenas lucrar.

Regras para adesão

O interessado em aderir ao PDV aberto pela Caixa tem até o dia 7 de junho para se manifestar. Mas, é preciso ficar atento a tudo, inclusive ao valor de incentivo financeiro, menor do que o último programa, em 2018. O empregado que optar pelo PDV deve receber o equivalente a 9,7 salários, limitado a R$ 480 mil. No ano passado, era 9,8 salários com limite de R$ 490 mil.

Tem ainda os critérios de adesão. Para ser aceito, o bancário deve ser aposentado pelo INSS ou está apto a se aposentar até o dia 31 de dezembro próximo. É preciso trabalhar por pelo menos 15 anos no banco e ter adicional de incorporação de função ou cargo em comissão até a data de desligamento.

Caso o número de empregados supere a marca definida pela instituição, terá prioridade quem tem a maior remuneração base, aposentado, maior idade e mais tempo de efetivo no banco, nesta ordem.



Sindicato dos Bancários de Dourados e Região - MS

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