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1 de Janeiro de 2001 às 22:59

ABN Real e PanAmericano podem estar negociando fusão

O jornalista Ancelmo Góis publicou em sua coluna no jornal ‘O Globo’ em 22 de março que o banco ABN Real estaria negociando a compra do PanAmericano, braço financeiro do Grupo Sílvio Santos. A operação não foi noticiada em nenhuma outra publicação. O Unidade entrou em contato com as assessorias de imprensa dos dois bancos, que negaram a negociação. O Banco Central também foi procurado e informou que não foi comunicado oficialmente sobre o negócio. Mas o passado recente mostra que os envolvidos em transações deste tipo e até os órgãos reguladores custam muito a se pronunciar a respeito de grandes operações entre empresas, mesmo quando a informação já circula amplamente na mídia. Foi assim desde o final de 2006, quando os rumores sobre a venda do grupo ABN Amro começaram a ganhar espaço nas publicações de economia. Apenas no segundo trimestre de 2007 os boatos foram confirmados, quando já estavam avançadas as conversações entre a direção do grupo holandês e o banco britânico Barclays - que acabou sendo derrotado pelo consórcio formado por Royal Bank of Scotland, Fortis e Santander. De concreto, há apenas a abertura do capital do PanAmericano, em novembro de 2007, que vendeu parte de sua participação acionária. O banco, através de sua assessoria, informou que a venda das ações não teve impacto no desempenho da empresa, que cresceu nada menos que 50% em relação a 2006. A empresa acredita que seu espantoso crescimento venha das operações que realiza. A carteira de crédito da instituição se valorizou muito no ano passado, apresentando aumento de 60% em crédito pessoal e crédito direto ao consumidor e um impressionante crescimento de 155% na concessão de crédito consignado. A fusão entre as duas empresas seria vantajosa para o ABN e para o Santander, que comprou as operações brasileiras do grupo. O PanAmericano é forte no segmento de crédito pessoal e crédito consignado, enquanto a Aymoré, braço financeiro do ABN Real, trabalha apenas com financiamentos, principalmente de veículos, e raramente aparece, não tendo lojas próprias ou qualquer sinalização para os locais onde são feitas as negociações. Já a Olé, financeira do Santander, tem atuação muito pequena, também sem lojas próprias, funcionando dentro das agências do banco. Já o PanAmericano parece ser "bola da vez" do Grupo Silvio Santos, hipótese que é reforçada pela abertura de capital da empresa. O empresário e apresentador de TV vem se desfazendo de seus negócios e enxugando o "império do Baú" e já circulam rumores de que ele estaria negociando a venda de sua emissora de televisão, o SBT. Os especialistas em economia e mercado financeiro ainda não estão comentando a possível fusão, mas o jornalista Ancelmo Góis é famoso por antecipar as notícias e dificilmente erra. A negociação deve estar correndo em sigilo, como é praxe neste tipo de situação, e é provável que, dentro de alguns meses, o boato se confirme



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