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19 de Maio de 2018 às 09:31

Abertura do Encontro Estadual dos Bancários destaca importância da luta

A solenidade de abertura do VII EEBAN/MS (Encontro Estadual dos Bancários de Mato Grosso do Sul), aconteceu nesta sexta-feira(18) com a presença de bancários, dirigentes sindicais, representantes sociais, políticos e trabalhadores de outras categorias.

Edvaldo Barros presidente do sindicato dos Bancários de Campo Grande disse que depois de um acordo de dois anos, a sétima edição do EEBAN/MS é de extrema importância para a categoria, pois os ataques aos direitos dos trabalhadores é muito grande.

Já o presidente do Sindicato dos Bancários de Dourados, Ronaldo Ferreira, salientou que a conjuntura política e econômica atual nos leva a lutar, ainda mais intensamente, na campanha nacional deste ano. Estamos retornando à era de FHC, em que a política neoliberal está sendo posta a prova, e se não tivermos unidade na nossa categoria, não vamos reverter esse cenário, e nem mesmo a reforma trabalhista.

O secretário de Política de Igualdade da federação, Carlos Alberto Longo, também comentou a necessidade de união com as demais categorias de trabalhadores. Os bancários, não podemos deixar de tratar das nossas questões, dos direitos dos bancários, mas também devemos olhar para os demais trabalhadores. O sindicato não pode ficar fechado para si mesmo, olhando só para a sua categoria. O sindicato tem que ser o fermento para a política e para a sociedade. O sindicato tem que fazer política, principalmente, neste ano eleitoral, porque nós fazemos a nossa pauta, por isso estamos aqui, e precisamos ter quem referencie e nos represente no Congresso Nacional quanto às nossas reivindicações.

Após a abertura do VII EEBAN, foi realizada a palestra “Análises das conjunturas política e econômica”, com a doutora em Ciência Política, Regina Coeli Moreira Camargos.

Regina apontou os múltiplos desafios da categoria bancária na campanha salarial deste ano, com as reestruturações nos bancos, os ataques aos bancos públicos, a conjuntura política e econômica do país, a reforma trabalhista e a mudança do coordenador da mesa de negociação da Fenaban, depois de 20 anos.

A doutora em Ciência Política acredita que, a partir de agora, os bancários terão uma dieta de direitos. “Depois de 40 anos de avanços na convenção, acredito que, a partir de agora, a CCT terá uma completa estagnação, sem avanços nos direitos. Talvez, neste primeiro momento, não haverá redução de direitos dos bancários que estão na CCT, mas sim uma paralisação, com exceção dos bancários dos bancos públicos, que já estão sendo atacados”, comentou Regina.

A palestrante também falou sobre os índices gerais de desemprego, o impacto real da reforma trabalhista no número de empregos no país, a recessão econômica, em que o PIB voltou aos patamares de 8 anos atrás, e, ao contrário do que é dito pelo governo federal, a economia não está crescendo.

O evento segue durante o sábado de onde serão discutidos os temas da campanha nacional e a eleição de delegados para a Conferencia Nacional dos Bancários que acontece nos dias 8 e 9 de junho em São Paulo.

* Com informações do Sindicario



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